A Invepar, controlada pela Previ, Petros, Funcef e pelo fundo Fip Yosemite, gerido pela Monte Capital, divulgou nota no início da noite desta quarta-feira (16/7) informando ter negociado com seus credores uma extensão de 30 dias do acordo de suspensão da exigibilidade da dívida (standstill). O prazo original, negociado há um mês, venceria nesta quinta-feira (17/7).
Segundo a empresa, “a prorrogação possibilita a continuidade das negociações para construir uma saída que atenda aos interesses das partes envolvidas”. A Invepar, dona da Linha Amarela, da Línea Amarilla Brasil Participações e da Concessionária BR 040, possui dívidas estimadas em cerca de R$ 1,5 bilhão, sendo entre R$ 325 milhões e R$ 350 milhões com o fundo Mubadala e o restante com o Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, BDMG, Previ, Petros e Funcef.
Durante o standstill, termo utilizado pelo mercado financeiro para designar um período em que a exigibilidades das dívidas é suspensa enquanto se busca uma saída negociada com os credores, o caixa da companhia fica protegido contra ações judiciais. O acordo foi necessário por causa dos vencimentos antecipados de debêntures da 3ª e da 5ª emissões, entre os dias 12 e 13 de maio passado, que dá aos credores condições de entrar na Justiça com pedidos de falência contra a companhia.
A alternativa da empresa ao standstill seria entrar na Justiça com um pedido de Recuperação Judicial (RJ), algo que foi cogitado antes do primeiro acordo pois também protege o caixa contra ações judiciais dos credores. O custo de mercado dessa alternativa, entretanto, é bastante alto, afetando fortemente as operações da empresa. Mas, se durante o período de duração do atual acordo uma saída definitiva não for negociada com os credores, a RJ não está descartada.
A nota da empresa diz que “a Invepar e suas controladas mantêm seus compromissos públicos de seguirem alinhadas às boas práticas corporativas e de manterem o mercado e o público a par da evolução das tratativas”.
