Mainnav

Previ pede na Justiça de São Paulo a suspensão de AGE da BRF

PreviA Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, entrou na Justiça de São Paulo nesta quarta-feira (9/7) com um pedido de suspenção da Assembleia Geral Extraordinária da BRF, marcada para a próxima segunda-feira (14/7), para deliberar sobre sua incorporação pela empresa controladora, a Marfrig. Enquanto a Marfrig tem 50,49% da BRF, a Previ tem cerca de 5%.
A fundação, juntamente com o acionista minoritário Alex Fontana (que tem menos de 0,2% das ações), basearam o pedido de suspensão da AGE na alegação de que as informações prestadas pela Marfrig aos minoritários não são claras ou são insuficientes. Entre as informações questionadas está o valor de mercado das duas empresas, usado para estabelecer a relação de troca das ações no processo de incorporação.
Enquanto para a Marfrig a relação de troca de ações se daria na proporção de uma ação sua por 1,17 de ação da BRF, para os minoritários uma ação da Marfrig valeria entre 0,56 e 0,77 de ação da BRF. Além disso, vários trechos do documento fornecido pela Marfrig aos minoritários, como aqueles onde aparecem as projeções de faturamento e de crescimento da empresa no futuro, são tarjados e comprometem as análises e a transparência do processo de incorporação.
É a segunda tentativa da Marfrig de realizar a AGE para deliberar sobre a incorporação da BRF. Na primeira, que seria realizada em 18 de junho, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou a suspensão com base na insuficiência de dados e mandou a controladora apresentar aos minoritários as informações que eles solicitavam, de forma a dar mais transparência ao processo.
No pedido de suspensão feito agora à Justiça de São Paulo, os minoritários alegam que a determinação da CVM não foi atendida e que as informações prestadas são truncados, tarjados ou simplesmente insuficientes. Ou seja, reforçam o pedido de mais transparência no fornecimento de informações por parte da controladora.