As emissões de debêntures incentivadas somaram R$ 83,6 bilhões de janeiro a julho, recorde para o período na série histórica iniciada em 2012 e montante superior ao de todo o ano de 2023, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Considerando apenas julho, a captação chegou a R$ 19,2 bilhões, o segundo melhor resultado mensal da série histórica, atrás apenas do volume contabilizado em junho (R$ 19,6 bilhões).
“As debêntures incentivadas vêm reforçando seu papel estratégico para o financiamento de longo prazo das empresas brasileiras e ganhando cada vez mais relevância entre as alternativas no mercado de capitais”, afirma o coordenador da Comissão de Renda Fixa da Anbima, Cristiano Cury.
Os principais subscritores no acumulado do ano foram os intermediários e demais participantes ligados à oferta, com uma fatia de 68,2%. Os fundos de investimento e as pessoas físicas aparecem na sequência, com 19,2% e 8,1%, respectivamente.
O setor de energia elétrica lidera com 39,6% das captações nos primeiros sete meses do ano, seguido de transporte e logística (24,7%), saneamento (12,0%) e petróleo e gás (9,0%).
Já o prazo médio das debêntures incentivadas chegou a 12,7 anos, bem superior ao registrado nas debêntures como um todo (com e sem benefício fiscal), que atingiu 8,1 anos no mesmo intervalo.