As ofertas no mercado de capitais atingiram R$ 337,9 bilhões no primeiro semestre, captação recorde para o perÃodo, puxada pelos instrumentos de renda fixa, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Considerando apenas o mês de junho, o volume foi de R$ 66,2 bilhões.
As emissões de debêntures somaram R$ 206,7 bilhões no primeiro semestre, o maior patamar da série histórica para esse intervalo, com os recursos sendo direcionados principalmente para gestão ordinária (26,4%) e infraestrutura (21,2%). Intermediários e demais participantes ligados à oferta (48,1%) e fundos de investimento (46,1%) foram os principais subscritores e o prazo médio dos papéis chegou a 7,5 anos. Os setores ligados à infraestrutura (energia elétrica, transporte e logÃstica e saneamento) representaram 43,7% do volume.
Os instrumentos de securitização também registraram captação recorde para os primeiros seis meses do ano. Os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) lideraram, com R$ 34,3 bilhões em emissões, e os CRIs (Certificados de RecebÃveis Imobiliários) e os CRAs (Certificados de RecebÃveis do Agronegócio) aparecem na sequência, com R$ 31,4 bilhões e R$ 19,4 bilhões, respectivamente.
Entre os instrumentos hÃbridos, os FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) totalizaram R$ 26,6 bilhões em ofertas no perÃodo e os Fiagros (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais) captaram R$ 1,4 bilhão.
Na renda variável, as operações de follow-on totalizaram R$ 4,9 bilhões em 2024.
Já as emissões externas alcançaram US$ 13,7 bilhões no primeiro semestre, com a República captando US$ 6,5 bilhões e as empresas, US$ 6 bilhões. Esse montante já representa 89% do volume emitido em todo o ano de 2023.
O mercado secundário também está aquecido. O volume negociado de debêntures chegou a R$ 334,7 bilhões e bateu recorde no primeiro semestre.