O Comitê de PolÃtica Monetária (Copom) deve manter a taxa Selic em 10,50% até o fim do ano, segundo análise do Grupo Consultivo Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), divulgada nesta segunda-feira (17/6). A expectativa dos especialistas é de que a reunião do Copom que termina nesta quarta-feira (18/6) não aprove cortes nas taxas dos juros básicos, assim como as próximas reuniões até dezembro. Em seu último boletim, o grupo da Anbima havia projetado a Selic em 9,75% ao fim de 2024.
A previsão do IPCA para este mesmo perÃodo também foi revisada para cima, saindo de 3,6% e chegando a 3,9%, ou seja, cada vez mais distante do centro da meta, de 3%, e mais próxima ao teto, 4,5%, estipulados para o ano.
“As incertezas relacionadas ao quadro fiscal e as previsões de inflação permanecendo acima do centro da meta tornam o ambiente mais volátil, sobretudo na trajetória dos juros longos e da taxa de câmbioâ€, avalia o vice-presidente do Grupo Consultivo Macroeconômico da Anbima, David Beker.
A projeção para o déficit primário também subiu, de 0,61 para 0,70% do PIB. Em relação ao câmbio, a estimativa é de que o dólar feche o ano em R$ 5,20, contra R$ 5 do último boletim. Já a previsão de crescimento do PIB foi mantida em 2,2%.
Sobre o cenário externo, o entendimento do comitê é de que o Federal Reserve iniciará o ciclo de corte de juros em dezembro, mantendo cautela até que a leve desaceleração da inflação nos Estados Unidos se confirme nos próximos meses.