O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta terça-feira (18/6) em Brasília para discutir a taxa básica de juros a ser anunciada no início da noite da quarta-feira (19/6), após dois dias de reunião. Em suas análises, grandes instituições financeiras como Itaú, Bradesco, Santander e BTG Pactual, avaliam que o órgão deve manter a Selic em 10,50% ao ano, interrompendo o processo que cortes que vinha desde agosto de 2023.
Pressões inflacionárias e câmbio em alta, pelo lado doméstico, e pelo lado externo as sinalizações do Fed de que os juros norte-americanos terão no máximo um corte no segundo semestre, devem ser os principais elementos a pesar na decisão dos diretores do Banco Central sobre a Selic.
“Após a comunicação do Banco Central ser mais enfática na preocupação com a desancoragem das expectativas [de inflação em relação às metas], entendemos que não haverá corte de juros nas próximas decisões”, diz o comunicado do Bradesco.
"Em meio às expectativas de inflação crescentes (já parcialmente desancoradas), atividade econômica resiliente e maiores incertezas doméstica e externa, entendemos que não há mais espaço para cortes adicionais de juros”, afirma o Itaú.
Já o Santander diz que “todas as principais variáveis que servem de insumo às projeções de inflação do Banco Central pioraram desde a última reunião. Diante desse cenário, não esperamos cortes na reunião”.
Para o BTG Pactual, "esperamos que o Copom encerre o ciclo de cortes da taxa Selic em sua reunião de junho, mantendo a taxa base em 10,50% ao ano”.