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Prefixados ganham com inflação em queda e juros no fim do ciclo

indicesA queda nos indicadores de inflação e a expectativa de fim do ciclo de alta dos juros já impactam positivamente os retornos dos títulos públicos prefixados. Entre os subíndices do IMA (índice de Marcado da Ambima), o IRF-M1+, que reflete uma carteira de prefixados com vencimentos acima de um ano, rendeu 2,60% em agosto, enquanto o IRF-M1, com prefixados de até um ano (IRF-M1), valorizaram 1,23% no mês.
“O resultado expressivo dos prefixados reflete os dados mais recentes da inflação, como o IPCA de julho e o IPCA-15 de agosto, reforçando a expectativa dos investidores de que os juros podem ter encerrado o seu ciclo de alta. Isso, se confirmado, traria maior atratividade aos títulos prefixados já existentes no mercado”, analisa Marcelo Cidade, economista da Anbima. “A ata da última reunião do Copom sugere a percepção de fim de ciclo de aperto monetário, a despeito dos riscos inflacionários persistirem no radar dos investidores”.
No acumulado do ano, entretanto, os prefixados mais longos registram rentabilidade de 4,59%, bem abaixo das carteiras com prazos menores de vencimento, como o IRF-M1 e o IMA-S (pós-fixados atrelados à Selic), que variaram 7,40% e 8,01%, respectivamente.

NTN-Bs - Entre os títulos públicos indexados à inflação, a carteira de NTN-Bs com vencimentos acima de cinco anos (IMA-B 5+) registrou recuperação expressiva em agosto, com avanço de 2,49% no mês e 2,65% acumulado no ano. O resultado ocorre depois de uma queda acumulada de 2,92% em junho e julho, o que sugere um ajuste do mercado diante de prêmios mais atraentes.
A carteira de NTN-Bs com prazo de até cinco anos (IMA-B5) registrou estabilidade em agosto, acompanhando o resultado de julho. No ano, o subíndice entrega valorização acumulada de 6,62%. Em agosto, o IMA-Geral, que reflete a carteira completa de títulos públicos marcada a mercado, valorizou 1,40%, acumulando retorno de 6,45% em 2022.