Em um dia de pânico nos mercados globais, no Brasil o dólar ultrapassou hoje (28/09) a barreira de R$ 5,40 e fechou no maior nÃvel em quase cinco meses, a R$ 5,42, enquanto o Ibovespa caiu para o menor nÃvel em uma semana, fechando a 110.124 pontos, com queda de 3,05% que praticamente anulou os ganhos registrados desde o inÃcio da semana passada.
Diversos fatores ajudaram a criar a instabilidade global que comandou o mercado financeiro hoje. Nos EUA, em depoimento ao Senado norte-americano, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell disse que a inflação na maior economia do planeta está preocupando por causa de restrições na cadeia de abastecimento. Segundo ele, o órgão pode aumentar os juros básicos norte-americanos caso a alta dos preços se torne sustentada.
Os três Ãndices principais da bolsa dos Estados Unidos caÃram mais de 2% enquanto os juros dos tÃtulos do Tesouro norte-americano subiram fortemente, em meio a temores de que a inflação avance nos Estados Unidos.
As preocupações com a China também dominaram o mercado internacional. Além dos calotes da incorporadora imobiliária Evergrande, notÃcias de que a segunda maior economia do planeta está ameaçada por falta de energia provocaram tensões e fizeram o preço de diversas commodities caÃrem.
Adicionalmente a esses fatores globais, no Brasil cresceram as preocupações em torno da reforma do Imposto de Renda e da proposta para parcelar os precatórios. Ontem (27/09) à noite, o Senado aprovou projeto que permite o reconhecimento da reforma do Imposto de Renda, ainda não aprovada na Casa, como fonte de recursos para financiar a criação do AuxÃlio Brasil, programa que pretende substituir o Bolsa FamÃlia.
O dólar comercial encerrou a terça-feira (28/09) vendido a R$ 5,42, o maior valor desde 4 de maio quando tinha fechado em R$ 5,43. Na B3, o Ibovespa fechou o dia aos 110.124 pontos, com queda de 3,05%. Essa foi a maior queda diária desde 8 de setembro, quando o indicador tinha recuado 3,78%. O Ibovespa está no menor nÃvel desde o último dia 20.