Os títulos públicos federais que refletem o cenário de médio prazo tiveram os melhores retornos no mês de janeiro. De acordo com relatório da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) o Índice de Renda Fixa do Mercado (IRF-M) 1+, que contempla títulos prefixados com vencimento superior a um ano, e o Índice de Mercado Anbima (IMA-B) 5, que mede o comportamento das Notas Financeiras do Tesouro da Série B (NTN-Bs) com vencimento até cinco anos, tiveram o melhor desempenho no período, com 1,11% e 0,56%, respectivamente. O IMA-Geral, que espelha a carteira de títulos da dívida pública, encerrou o primeiro mês do ano com rentabilidade de 0,56%.
“No começo do ano, os papéis foram impactados, principalmente, pelo cenário externo volátil e incertezas por conta dos impactos globais do coronavírus. No Brasil, os efeitos foram a atividade econômica um pouco mais fraca, que resultaram em novo corte da taxa Selic”, afirma Hilton Notini, gerente de Preços e Índices da Anbima.
Os títulos de prazo mais longo, como o IMA-B 5+, que tem carteira composta por NTN-Bs com vencimento acima de cinco anos, foram os que mais sofreram os efeitos da incerteza no cenário internacional. Em janeiro, o preço quase não variou em relação ao mês anterior e apresentou rentabilidade de apenas 0,03%.
Os demais subíndices que compõem o IMA-Geral, por terem vencimentos mais curtos, não foram tão impactados pela volatilidade do mercado. O IRF-M 1, que traz títulos prefixados com vencimento de até um ano, teve ganho de 0,44% no mês e o IMA-S, título com menor exposição ao risco por ser pós-fixado, 0,38%.