Assim como já ocorreu em boa parte de 2018, as ações do Itaú e da Petrobras seguem na preferência de bancos e corretoras dentre as opções disponíveis na Bovespa. Nas carteiras recomendadas para fevereiro, de dez casas, sete incluiram os ativos das duas empresas em seus portfólios. Foram consideradas para o levantamento as carteiras de BB Investimentos, Coinvalores, Elite, Genial, Guide, Mirae, Planner, Socopa, Toro e XP. Também tiveram destaque, com cinco indicações, as ações do Banco do Brasil. E com quatro cada, Gerdau e Vale.
Os analistas Pedro Galdi e Fernando Bresciani, da Mirae, destacam em relatório a mensagem positiva transmitada pelo novo CEO da Petrobras, Roberto Castello Branco, ao tomar posse, o que deve dar continuidade à valorização das ações da empresa, preveem os especialistas. Em relação ao Itaú, os analistas da Planner, que optaram por recolocar o ativo em sua carteira recomenada de fevereiro, explicam que a decisão decorreu do desempenho do papel na bolsa em janeiro, aquém de seus principais concorrentes. “Em 2019 o banco deve entregar resultados crescentes, norteado por melhor dinâmica do crédito, melhora de margem com clientes, queda do custo do crédito, crescimento das receitas de serviços, e comportamento das despesas não decorrentes de juros em linha com a inflação”.
Sobre a recomendação para a Vale, uma das corretoras que incluiu o ativo em sua carteira recomendada para fevereiro, a XP avalia que, apesar de enxergar os riscos decorrentes da tragédia em Brumadinho como precificados, por cautela optou por reduzir a exposição ao papel no portfólio de 15% para 10%. Guide, Coinvalores e Elite também recomendaram os papéis da mineradora. “Mesmo com o acidente em Brumadinho (MG), e desligamento das barragens da região, o impacto da queda de produção será compensada pelo aumento da produtividade em outros sistemas da companhia (isto é, onde a empresa detém um minério de ferro de maior qualidade)”, escrevem os analistas da Guide.