O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira, por unanimidade, aumentar a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano. A decisão reflete a leitura do Copom sobre os cenários econômicos externos e interno. “O ambiente externo mantém-se adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos (enquanto no) cenário doméstico a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação”, afirma comunicado do órgão.
O comunicado aponta para uma possível interrupção do ciclo de alta de juros nas próximas reuniões “para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”.
Entretanto, diz que “não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado”. Essa foi a sétima elevação seguida da Selic, aproximando-se do maior nível atingido pela taxa, em julho de 2006, aos 15,25% ao ano. De sde setembro do ano passado, quando começou a política de elevação dos juros, a Selic já foi elevada seis vezes, registrando uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto, três de 1 ponto percentual e uma de 0,5 ponto.
Pelo novo sistema de meta contínua em vigor desde janeiro, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.