Como já era amplamente esperado pelo mercado, o Comitê de PolÃtica Monetária (Copom) elevou nesta quarta-feira (29/1) a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual (pp), para 13,25% ao ano. A decisão foi tomada por unanimidade pelos nove integrantes do órgão, incluindo o presidente do Banco Central, Gabriel GalÃpolo, e os oito diretores da instituição.
Foi a quarta alta seguida da Selic. A taxa está no seu maior nÃvel desde setembro de 2023, quando estava no mesmo patamar de 13,25% ao ano. O comunicado divulgado pelo Copom após a decisão informa que a elevação da taxa em 1 pp “é compatÃvel com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevanteâ€.
O comunicado do Copom cita que “o ambiente externo permanece desafiador em função, principalmente, da conjuntura e da polÃtica econômica nos Estados Unidos, o que suscita mais dúvidas sobre os ritmos da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fedâ€. Em relação ao cenário doméstico, diz que “a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação e novamente apresentaram elevação nas divulgações mais recentesâ€.
Dessa forma, o Copom projeta, “em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reuniãoâ€. Diz ainda que “o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensÃveis à atividade econômica e à polÃtica monetáriaâ€.
O comunicado destaca que “entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma desancoragem das expectativas de inflação por perÃodo mais prolongado; (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo; e (iii) uma conjunção de polÃticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) impactos sobre o cenário de inflação de uma eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada; e (ii) um cenário menos inflacionário para economias emergentes decorrente de choques sobre o comércio internacional e sobre as condições financeiras globais.