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Diretora do FMI prevê crescimento global abaixo de 3% neste ano

Kristalina GeorgievaFMIO Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um crescimento econômico global abaixo de 3% neste ano e mantendo-se em torno de 3% nos próximos cinco anos. O prognóstico foi feito pela diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, nesta quinta-feira (6/4). É a mais baixa previsão de crescimento de médio prazo desde 1990, bem abaixo da média de crescimento de 3,8% observada nas últimas duas décadas.
Segundo Georgieva, as fortes ações de política monetária e fiscal adotadas para responder à pandemia e à invasão da Ucrânia pela Rússia impediram que o resultado dos últimos anos fosse muito pior, mas a persistência da inflação manteve as perspectivas de crescimento fracas no curto e no médio prazo. “Apesar da resiliência surpreendente dos mercados de trabalho e dos gastos do consumidor na maioria das economias avançadas, e da melhora da reabertura da China, esperamos que a economia mundial cresça menos de 3% em 2023â€, disse Georgieva,
Ainda de acordo com ela, “com as crescentes tensões geopolíticas e a inflação ainda alta, uma recuperação robusta continua indefinida. Isso prejudica as perspectivas para todos, especialmente para pessoas e países mais vulneráveisâ€.
O crescimento da economia mundial foi de 3,4% em 2022, pouco mais da metade do crescimento de 2021, que foi de 6,1%. Segundo a diretora-gerente do FMI, o principal motivo foi o choque da guerra da Rússia na Ucrânia. Georgieva disse ainda que Ãndia e China representarão metade do crescimento global em 2023, mas cerca de 90% das economias avançadas verão um declínio em sua taxa de crescimento este ano.
A chefe do FMI pediu aos bancos centrais que mantenham o rumo na luta contra a inflação enquanto as pressões financeiras permanecerem limitadas, mas para enfrentar os riscos à estabilidade financeira quando eles surgirem por meio da provisão adequada de liquidez.
Ela também pediu investimentos, incluindo cerca de US$ 1 trilhão por ano em gastos com energia renovável, além de medidas para evitar a fragmentação da economia global, que poderia cortar até 7% do PIB da economia global.