A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) apresentou nesta quarta-feira (26/2) suas projeções para o ano de 2025. Segundo o presidente da entidade, Carlos André, o cenário do mercado continua desafiador, marcado por incertezas fiscais, deterioração de indicadores macroeconômicos e volatilidade global.
Apesar disso, a Anbima espera que 2025 seja um ano positivo para a indústria de fundos, principalmente para a classe de renda fixa. A alta dos juros segue impulsionando o apetite de investidores, especialmente por tÃtulos públicos, enquanto a necessidade de refinanciamento de passivos por parte das empresas mantém em alta a demanda por emissões privadas.
Já a situação dos fundos de ações e multimercados, que enfrentam um perÃodo já prolongado de baixa rentabilidade e resgates expressivos, leva preocupação à entidade. Segundo André, a migração dos recursos dessas duas classes para fundos de renda fixa tem debilitado as gestoras que atuam no segmento, provocado fusões ou incorporação de casas menores por outras maiores. O número total de gestoras só não tem caÃdo nos últimos anos, mantendo-se em cerca de 1,1 mil, devido à s novas casas que são criadas regularmente.
“A gente tem se perguntado como apoiar essas casas de maior risco, que estão sentindo fortemente a concentração dos investimentos nos fundos de renda fixaâ€, pondera. A resposta da Anbima tem sido no sentido de “reduzir os custos das gestoras com o pagamento de taxas, trabalhar para uma diminuição das assimetrias entre os fundos, entre as quais a tributária, e de buscar convergências regulatóriasâ€, diz.