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Fundos fecham janeiro com resgates líquidos de R$ 16,9 milhões

Gráfico Fundos CaemA indústria brasileira de fundos de investimento registrou resgates líquidos negativa de R$ 16,9 milhões no primeiro mês de 2025, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Os resultados de janeiro, finalizado com um patrimônio líquido de R$ 9,3 trilhões, embora negativos são substancialmente melhores do que os divulgados pela associação em dezembro do ano passado, quando a indústria registou resgates líquidos de R$ 147,6 bilhões.
Em janeiro, os multimercados tiveram saídas líquidas de R$ 22,5 bilhões, ante R$ 34,7 bilhões em dezembro de 2024. As perdas mais expressivas foram dos multimercados Investimento no Exterior (R$ 10,8 bilhões) e Livre (R$ 6,9 bilhões).
O primeiro mês do ano também foi marcado por perdas líquidas de R$ 9,8 bilhões nos fundos de ações, sendo que ações livre perderam R$ 4,9 bilhões, e R$ 10 bilhões nos e FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), sendo R$ 8,9 bilhões em FIDCs que investem em ativos de agronegócio, indústria e comércio.
Já os fundos de renda fixa tiveram uma captação líquida de R$ 39,5 bilhões, sendo R$ 24,6 bilhões no tipo Renda Fixa Duração Baixa Soberano (que realizam investimentos de mais curto prazo em títulos públicos), seguidos por Renda Fixa Duração Livre Soberano (investimentos sem compromisso de prazo em títulos públicos), com R$ 9,8 bilhões. Além da renda fixa, apenas as categorias de FIPs (Fundos de Investimento em Participações) e de ETFs (fundos de índice) tiveram captação líquida em janeiro, de R$ 2,3 bilhões e R$ 2,1 bilhões, respectivamente.
“Com a continuidade da alta da Selic, era de se esperar o movimento de retomada dos investimentos nos fundos de renda fixa, que neste ano tendem a ser os motores da indústria”, afirma Pedro Rudge, diretor da Anbima.