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Reag anuncia compra da Economática, sua quinta aquisição do ano

Marcelo MacedoReagA Reag Investimentos anunciou no início da noite desta quinta-feira (21/11) a aquisição da Economática, tradicional empresa de fornecimento de informações financeiras controlada pela Traders Club (TC). Segundo o head de corporate development da Reag, Marcelo Macedo, a compra foi dividida em duas etapas, com 49,9% das ações sendo incorporadas nesse momento e os 50,1% restantes constando de uma opção de compra a ser exercida num prazo de 24 meses.
A Economática foi comprada pela TC em 2021, por R$ 40 milhões, aos seus donos originais, os irmãos Fernando, Gustavo e Otávio Exel, que a criaram 35 anos antes. Em nota divulgada nesta noite a TC informa que a venda para a Reag alcançou o total de R$ 60 milhões, com a primeira etapa sendo recebida em dinheiro, em dez parcelas mensais corrigidas por IPCA+2%, e a segunda etapa, cujo valor será corrigido também por IPCA+2% até o exercício da opção, poderá ser em dinheiro, em dez parcelas mensais corrigidas, ou em ações de emissão de empresa do grupo Reag.
Macedo conta que a negociação com a TC começou no início deste ano, mas esfriou quando a TC resolveu promover um processo competitivo, incluindo outros nomes como potenciais concorrentes. A negociação só voltou aos trilhos quando essa tentativa de trazer novos players ao jogo foi retirada da mesa pela TC.
Embora não tenha o controle acionário da Economática num primeiro momento, a Reag terá o seu comando operacional. A Economática, com o grupo de 26 funcionários que estão vindo com ela, será integrada à vertical de Serviços Financeiros que o grupo de Mansur está criando. Na mesma vertical também estão sendo incorporadas a Prisma RI e a Reag Trust (de serviços fiduciários).
A velocidade das operações de aquisição da Reag tem surpreendido o mercado. Apenas neste ano, incluindo a Economática, já são cinco operações realizadas. A primeira aquisição da Reag neste ano aconteceu ao final de março, quando o grupo comandado por Mansur comprou 100% da Quasar, uma gestora com R$ 1 bilhão sob gestão e forte concentração em Fidcs e fundos imobiliários. Três meses depois, em junho, comprou 100% da Empírica, gestora especializada em fundos de crédito estruturado, e em julho último anunciou a compra de 25% da Confrapar, uma gestora de private equity. Em setembro passado anunciou uma joint-venture com a Orbiz Capital, uma assessoria financeira que atua em fusões e aquisições. Não há dúvida que há apetite de sobra.