A indústria de fundos registrou captação líquida de R$ 11,7 bilhões em agosto, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O desempenho foi puxado pela renda fixa, com entrada líquida de R$ 42,8 bilhões no mês, dos quais R$ 27,3 bilhões vieram dos fundos de Renda Fixa Duração Baixa Grau de Investimento. No ano, a indústria teve captação líquida de R$ 286,2 bilhões.
"Com as perspectivas para a trajetória da Selic, os fundos de renda fixa devem manter a atratividade ao longo do semestre. Tal cenário tende a reforçar o fluxo significativo de recursos para essa classe de ativos, impulsionando o desempenho da indústria como um todo”, analisa o diretor da Anbima, da Pedro Rudge.
O segundo melhor resultado de agosto ficou com os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), que tiveram saldo positivos de R$ 5,8 bilhões. Na sequência vieram os fundos de previdência e os FIPs (Fundos de Investimento em Participações), com captações líquidas de R$ 4,6 bilhões e R$ 1,6 bilhão, respectivamente.
Já os multimercados registraram resgates líquidos de R$ 40,1 bilhões em agosto, dos quais R$ 26,3 bilhões negativos vieram dos multimercados Investimento no Exterior. Os fundos de ações tiveram resgates líquidos de R$ 2,0 bilhões, sendo que R$ 1,8 bilhão negativos vieram dos fundos de ações Índice Ativo. E os ETFs (Exchange Traded Fund) registraram saldos negativos de R$ 1,0 bilhão em agosto.
Patrimônio líquido - O patrimônio líquido (PL) dos fundos de investimento atingiu R$ 9,3 trilhões em agosto, com aumento de 15% na comparação com o contabilizado no mesmo mês de 2023.
