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Finaxis espera crescimento do mercado de FIDCs com nova regulação

Cláudia BeldiFinaxisO banco Finaxis, especializado na estruturação, administração e custódia de fundos de investimento, com foco particular no segmento de FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), vê o mercado de crédito consolidado no Brasil e projeta crescimento das operações com FIDCs a partir de 2023. Segundo a presidente e principal acionista da holding, Cláudia Beldi, esse crescimento virá como resultado da nova regulamentação dos FDICs.
A nova regra dos FIDCs, colocada em discussão pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) desde o final de 2020, é esperada pelo mercado para este final de ano. “Essa indústria está consolidada no País e os FIDCs ficarão mais acessíveis aos investidores pessoas físicas a partir da mudança regulatória. Isso também deverá gerar uma demanda crescente por parte das áreas financeiras das empresas, até há pouco tempo ainda muito focadas em crédito de grandes bancos”, avalia.
Atualmente já há um maior interesse das empresas por estruturas financeiras que possam ser utilizadas principalmente para financiar os seus fornecedores. “O cenário projetado para 2023 é de aumento da inadimplência, é verdade, mas o FIDC deve ganhar força e temos uma estrutura de monitoramento e de seleção de créditos capaz de fazer frente a essa expansão. As médias empresas hoje nos pedem diligências para estruturar fundos para seus clientes e estamos investindo para sofisticar a automação no que for possível, em processos e inovação”, afirma Beldi.
A casa detém um total de R$17 bilhões em ativos sob administração e custódia para 113 fundos de investimentos, dos quais 69 têm também sua gestão feita pela instituição, por meio da asset do grupo. Nesse universo estão incluídos fundos de grandes consultores, de empresas, fundos abertos para o mercado e fundos fechados para investidores únicos ou poucos investidores, num total de R$ 8,2 bilhões. Os demais 44 fundos são de gestores externos. Dos 113 fundos, 78 são FIDCs mas há também alguns FIPs (Fundos de Investimento em Participações).
Segundo Beldi, a meta do Finaxis é continuar a atuar como “butique”, sem crescer muito além do seu atual tamanho, mas com a estimativa de elevar o número total de fundos para chegar a 150 a 200 deles ao longo dos próximos três anos.