A Jive Investments, especializada na área de distressed asset, estima que deve haver um aumento de oportunidades nesse mercado nos próximos dois anos. “Novas oportunidades devem surgir em 2023 e 2024 como resultado da crise da pandemia, até porque no ano passado houve os estímulos do governo mas os números de inadimplência e de recuperações judiciais já dão sinais de que voltaram a crescer neste ano”, avalia Marcela Bosch, sócia responsável pela área de Relações com Investidores onshore e offshore da gestora.
Com R$ 8 bilhões sob gestão, a Jive é uma plataforma integrada de investimentos em ativos problemáticos, que incluem a originação, aquisição e recuperação de créditos corporativos inadimplidos, além de direitos creditórios, precatórios, imóveis e outros ativos distressed. Atuando tradicionalmente através de fundos fechados, direcionados a investidores profissionais, a casa deu início no final de janeiro a uma nova estratégia voltada a um público mais amplo, os investidores qualificados, através do lançamento de um fundo aberto, o Jive BossaNova High Yield FIC FIM. O fundo já nasce com investimento comprometido de R$ 50 milhões, de capital da própria gestora, e a expectativa é que chegue a R$ 400 milhões.
Segundo Bosch, 60% do Asset Under Management (AUM) da casa é formado por recursos de investidores locais, com o restante vindo de investidores estrangeiros, incluindo fundos de pensão e endowments dos EUA e Canadá, investidores europeus e da Ásia, assim como de alguns países da América Latina.
A executiva, ex-jogadora de tênis, está há três anos na Jive e há dez anos no mercado financeiro, tendo atuado anteriormente por sete anos na consultoria EY.