A indústria de fundos de investimento teve captação lÃquida positiva de R$ 38,3 bilhões em fevereiro. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o montante é 11,2% superior ao registrado no mesmo perÃodo de 2020.
A classe de renda fixa foi destaque no mês, com captação lÃquida positiva de R$ 17,3 bilhões. Puxou a tendência das aplicações na renda fixa os aportes em um único fundo classificado como renda fixa duração baixa soberano.
Os multimercados tiveram saldo lÃquido de R$ 10,5 bilhões. A classe de investimentos no exterior puxou o desempenho positivo, com captação lÃquida de R$ 7,5 bilhões. Um dos fatores foi a alta do dólar de 1% em fevereiro, com a taxa de câmbio encerrando o mês em R$ 5,53.
Os fundos de ações tiveram entrada lÃquida de R$ 6,8 bilhões, mesmo com a queda de 6,1% do Ibovespa no mês. O tipo ações livre foi responsável por 76% desse total, ou seja, R$ 5,1 bilhões.
"A classe de ações está em uma trajetória positiva nos últimos anos e com aportes cada vez mais expressivos, inclusive descolados dos movimentos do Ibovespa. Isso demonstra a evolução dos investidores na busca por diversificação e maior risco", afirma Pedro Rudge, diretor da Leblon Equities e da Anbima.
Os ETFs (Exchange Traded Funds) tiveram uma entrada significativa no mês: R$ 2,1 bilhões, sendo que 93% desse volume vieram de ETFs de renda variável.
Já os fundos cambiais tiveram resgates lÃquidos de R$ 40 milhões. Atualmente, esses fundos representam menos de 1% do patrimônio lÃquido da indústria de fundos.