Os fundos de investimento registaram resgates lÃquidos de R$ 20,4 bilhões em novembro, impactados pela classe renda fixa, que respondeu por 92,5% das retiradas. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a indústria registrou saÃdas lÃquidas pelo segundo mês consecutivo e pela quinta vez no ano. As retiradas, entretanto, foram 65% inferiores à s outubro, quando somaram R$ 58,7 bilhões. No acumulado do ano até novembro, a indústria registra captação lÃquida de R$ 126,8 bilhões.
Em volume financeiro, o destaque positivo ficou com os fundos multimercados, que tiveram captação lÃquida positiva de R$ 1,5 bilhão em novembro e de R$ 93,9 bilhões no acumulado do ano (so em abril os resgates superaram as aplicações). A captação lÃquida no mês, entretanto, foi a menor do ano.
Os fundos de ações, por sua vez, tiveram em novembro as primeiras saÃdas lÃquidas do ano (R$ 1 bilhão). De janeiro até novembro, entretanto, a conta fecha no azul: R$ 66,9 bilhões. Já os fundos de renda fixa tiveram o segundo mês consecutivo de retiradas (R$ 18,9 bilhões). No ano, as saÃdas lÃquidas somam R$ 47,5 bilhões.
Pela primeira vez desde julho, todos as modalidades de fundos de ações tiveram retorno mensal positivo. Os maiores rentabilidades foram apresentadas pelos tipo FMP-FGTS, com rentabilidade de 30,5%, e o mono ação (fundos com estratégias de investimento em ações de apenas uma empresa), com retorno positivo de 27,2% em novembro. No acumulado do ano, oito dos 12 tipos de fundos de ações ainda têm retorno negativo.
Apesar dos resgates superarem os aportes, todos os tipos de fundos de renda fixa tiveram retorno positivo no acumulado do ano até novembro. O destaque de 2020 foi o tipo dÃvida externa (podem investir acima de 80% em tÃtulos da dÃvida externa), cuja rentabilidade acumulada foi de 39,4%. Em novembro, entretanto, o retorno foi negativo em 5,6%.