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Galapagos terá fundo de fundos com exposição a mercados globais

Bruno CarvalhoGalapagos2A Galapagos lançará no início da próxima quinzena um fundo de fundos com alocação global, com foco em multigestores e multiestratégias. Segundo o diretor responsável pelas operações internacionais da gestora, Bruno Carvalho, o fundo vai alocar em 10 a 15 gestores, selecionados principalmente por especialização e não por tamanho. “Não serão os grandes nomes globais, serão antes boutiques especializada, mas nenhuma com menos de US$ 5 bilhões sob gestão”, diz.
Além da exposição a casas com focos específicos, o FoF estará exposto a várias geografias, exceto América Latina. De acordo com Carvalho, o fundo terá 38% de exposição à Estados Unidos, 23% à Europa, 16% à Ásia ex-Japão, 7% à Japão e 16% à fundos com foco totalmente global.
Em termos de portfólio, o fundo investirá 33% em estratégias de retorno absoluto macro, 36% em ações, 18% em eventos corporativos e 10% em crédito privado. “Acreditamos que a tendência ao investimento no exterior tenha vindo para ficar, o que fica claro com a audiência pública da Instrução CVM 555 que está ampliando a faixa de aplicações fora do País para não qualificados”, diz Carvalho.
O fundo, chamado de Galapagos Alternativos Global Multigestores, foi montado em parceria com o Daycoval, que inclusive se incumbirá da sua administração e custódia. Estabelecido em Luxemburgo, terá a estrutura dos UCITS (undertaking for collective investment in transferable Securities), mais próxima dos modelos utilizados pelo Brasil.
Segundo Carvalho, será oferecido em duas versões, em reais (com hedge) e em dólar (sem hedge), e em nenhuma delas terá alavancagem. A distribuição será feita através de plataformas eletrônicas.
A Galapagos fecha 2020 com cerca de R$ 500 milhões sob gestão.