Para Luiz Fernando Figueiredo, CEO da Mauá Capital e ex-diretor de polÃtica monetária do Banco Central (BC), restam poucas dúvidas de que o Copom deve reduzir novamente a taxa Selic em 0,25 ponto percentual ao término do encontro de quarta-feira (5), renovando a mÃnima histórica para 4,25% ao ano. “O BC já deu sinalizações que deve cortarâ€, afirma Figueiredo. “A dúvida que resta é em relação ao comunicado que será divulgado. Precisamos ficar atentos para saber se a autoridade monetária vai deixar a porta aberta para mais um corte ou se vai indicar que não deve haver nova redução na reunião de marçoâ€.
Na avaliação de Figueiredo, Roberto Campos Neto e companhia estão conduzindo de maneira adequada a polÃtica monetária diante do atual momento macroeconômico que o paÃs vive. “A taxa de juros está hoje abaixo do que o BC chama de estrutural, mas enquanto tiver ociosidade na economia, a autoridade monetária tem mais é que tentar ajudar a economia a andar mesmoâ€, diz o especialista, que acredita que o atual patamar de juros é sustentável ao longo dos próximos meses. “Mesmo com a economia crescendo a um ritmo anualizao perto de 2%, e que vem progressivamente se acelerando, ainda vai demorar até que a ociosidade seja eliminada. É possÃvel que demore até uns dois anosâ€, prevê Figueiredo, lembrando que a inflação fechou 2019 abaixo da meta pelo quinto ano consecutivo.