Os investidores estrangeiros devem aguardar o inÃcio efetivo do governo Bolsonaro, e suas potenciais primeiras medidas para endereçar a questão fiscal do paÃs, para então começar um tÃmido movimento de retorno em busca de oportunidades no mercado brasileiro, prevê a estrategista de mercado global da JP Morgan Asset Management, Gabriela Santos, que fica baseada em Nova York. Segundo ela, a perspectiva de aprovação das reformas de ajuste fiscal, notadamente a da previdência, é um ponto crÃtico para que o paÃs consiga voltar a atrair de maneira relevante capital estrangeiro de longo prazo.
“A visão externa está um pouco mais otimista após a eleição, mas talvez não tão otimista quanto a visão localâ€, afirmou Gabriela, durante o seminário ‘O desafio da gestão de investimentos na previdência complementar fechadaâ€, promovido pela Abrapp nesta terça-feira, 6 de novembro. “O novo governo vai precisar mostrar um pouco mais de entrega para realmente conseguir atrair um pouco mais de confiança do investidor externo, especialmente nesse contexto do cenário global mais difÃcilâ€.
Além das incertezas quanto ao processo eleitoral no Brasil, a especialista lembrou que a visão dos estrangeiros em relação aos emergentes se deteriorou de maneira acentuada ao longo de 2018, com um cenário menos benigno para emergentes com as disputas comerciais entre Estados Unidos e China e a desacelaração no crescimento do gigante asiático.