A BB Previdência está elevando as alocações em renda fixa, de 83% da carteira total no final do ano passado para cerca de 90% no término deste ano, distribuindo o restante entre renda variável local (de 4% a 6%), ações no exterior (cerca de 2%) e estruturados (em torno de 1,5%).
Segundo o diretor financeiro e de investimentos da BB Previdência, Ricardo Serone, o aumento da exposição à renda variável é resultado das altas taxas de juros no Brasil, que favorecem os investimentos nessa classe de ativos. A fundação multipatrocinada deve alocar principalmente em NTN-Bs, preferencialmente marcados na curva, e títulos indexados ao CDI.
“A BB Previdência tem um fluxo grande de entrada de recursos, pois tem planos bastantes jovens, e são estes que estão sendo alocados em CDI, diante da boa remuneração desses títulos, que cobrem a meta de rentabilidade consolidada dos nossos planos, de INPC + 4,10% ao ano. Ao mesmo tempo, mitigam os riscos da alta volatilidade nos mercados e, ainda, são remanejados mais facilmente para outras alocações, à medida que elas se mostrem mais vantajosas”, explica a superintendente de investimentos da entidade, Ginne Siqueira Diniz.
A BB Previdência estima a Selic na faixa de 14,25% a 14,75% no encerramento de 2025, praticamente em linha com as expectativas dos economistas do Boletim Focus, que projetam a taxa na casa de dois dígitos até, pelo menos, 2027, quando acreditam que atingirá 10,5%. Já a inflação, segundo o mercado, só deverá se aproximar do teto da meta estipulada pelo Banco Central, de 4,5%, no próximo ano. Até lá, permanecerá acima de 5%, preveem.