A carteira de empréstimos aos participantes do Sebrae Previdência fechou 2024 na casa dos R$ 115 milhões, pouco mais de 8% dos investimentos totais da fundação, contra uma média de 2% no sistema de Entidades Fechadas de Previdência Complementar. Segundo o diretor de Administração e Investimentos da fundação, Victor Hohl, “a meta é fazer com que esse percentual chegue a 10% dos ativos até 2028/2029”.
Criada em 2018, com empréstimos que alcançaram R$ 49 bilhões nesse ano, a carteira registra um crescimento de 135% até o final de 2024. “Esses empréstimos têm assegurado um dos melhores retornos da nossa carteira, com ganho real interessante e baixa volatilidade”, explica Hohl.
“Historicamente essa carteira tem apresentado retorno médio de 130% do CDI, com um ganho real em torno de IPCA mais 7,5% a 8,5%. O retorno fica um pouco acima da média do mercado e, ao mesmo tempo, o participante consegue tomar empréstimos a um valor abaixo daquele do mercado, então é um ganha-ganha para todos”, diz. Além da rentabilidade positiva, a fundação consegue ter maior previsibilidade, uma vez que os participantes podem escolher entre fazer os empréstimos com juros prefixados ou pós-fixados no momento da contratação do crédito.
“Para facilitar a vida do participante, também abrimos em alguns momentos um empréstimo com carência, para dar maior prazo de pagamento, uma decisão adotada na pandemia e que continua a existir”, diz Hohl.
Em 2024, a entidade fechou o ano com retorno consolidado de 9,57%, ponderação entre 9,74% no perfil Conservador, 8,72% no Moderado, 7,31% no Arrojado, 8,51% no Valor Previdência e 9,46% no Valor Empresarial. Do total de investimentos, que somavam R$ 1,57 bilhão ao final do ano passado, 18,70% estavam no perfil Conservador, 75,95% no Moderado, 1,17% no Arrojado, 3,22% no Valor Previdência e 0,97% no Valor Empresarial.