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Auditoria do TCU vai analisar baixo retorno do Plano 1 da Previ

PreviO Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (5/2) a abertura de uma auditoria para investigar a gestão da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, motivada pela baixa rentabilidade do seu plano de Benefício Definido (BD), o Plano 1. O BD da entidade registrou, segundo o órgão, uma rentabilidade acumulada de 1,58% entre janeiro e novembro do ano passado. De acordo com o ministro do TCU, Walton Alencar Rodrigues, o plano também acumula perdas de R$ 14 bilhões no período.
Já pelos balanços publicados pela Previ em seu site, a rentabilidade do Plano 1 nos onze primeiros meses do ano alcançou 2,11%. E aquilo que o ministro Alencar Rodrigues classifica como perdas é explicado pela brusca redução do superávit do plano ao longo do ano. O Plano 1 iniciou o ano de 2024 com um superávit acumulado de R$ 14,49 bilhões, vindo do ano anterior, e chegou ao final de novembro último com um superávit acumulado de apenas R$ 0,52 bilhão, representando uma diminuição do superávit de R$ 13,97 bilhões.
O ministro Alencar Rodrigues também expressou "gravíssimas preocupações" com a rentabilidade dos ativos do Plano 1, consideradas extremamente baixas em comparação aos anos anteriores. “Comparativamente aos anos anteriores, foi pífio o desempenho atual do plano da Previ. O desempenho foi substancialmente menor para quase todas as classes de investimentoâ€, afirmou o ministro.
Com uma carteira de investimentos R$ 228 bilhões ao final de novembro, o Plano 1 teve rentabilidade positiva em quatro classes de ativos e negativa em duas no período. Renderam positivamente a renda fixa (7,79%), investimentos imobiliários (3,71%), operações com participantes (8,2%) e investimentos no exterior (39,61%), com alocações de 62,5%, 5,79%, 3,04% e 0,68%, respectivamente. Renderam negativamente a renda variável (-9,04%) e investimentos estruturados (-5,07%), com alocações de 27,88% e 0,11%, respectivamente.
O ministro Alencar Rodrigues afirmou ainda que a auditoria irá avaliar possíveis impactos negativos para a patrocinadora, o Banco do Brasil, que poderia ser obrigada a contribuir paritariamente com os segurados do Plano 1 em caso do mesmo tornar-se deficitário.
Segundo nota publicada pela Previ em seu site, “embora o ano de 2024 tenha apresentado grande volatilidade, os planos continuam em equilíbrio — muito por conta do bom resultado de 2023, também construído pela atual gestão da entidade. Não há, portanto, nenhum risco de equacionamento, nem de pagamento de contribuições extraordinárias pelos associados ou pelo Banco do Brasil (BB)â€.