Começou nesta quinta-feira no Recife (PE) o Encontro dos Profissionais de Investimentos e Previdência dos Fundos de Pensão do Norte e Nordeste – Epinne EPB 2024, que contou com a presença de cerca de 400 representantes de fundos de pensão do PaÃs todo. Na abertura do evento, organizado pela Fachesf, o secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Osório Chalegre, ressaltou o esforço da atual gestão do ministério na participação ativa nos conselhos de regulação dos segmentos de previdência, em especial, no Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).
Em seguida, o superintendente da Previc, Ricardo Pena, lembrou que o Brasil está a poucas décadas de enfrentar os efeitos do envelhecimento da população, quando poderá ter mais trabalhadores recebendo benefÃcios do que contribuindo para a previdência. Segundo ele, a solução para essa equação é a previdência complementar, investindo de forma diversificada para garantir a rentabilidade das carteiras. Pena ressaltou o potencial dos investimentos da previdência complementar para o desenvolvimento regional. “Vemos que o nordeste tem grande potencial, turÃstico, tecnológico e hospitalar, no caso de Pernambuco. Nosso setor tem capacidade de olhar investimentos como oportunidadesâ€, disse.
Já o presidente da Abrapp, Jarbas de Biagi, ressaltou a necessidade uma revisão nas regras de investimentos regidas pela Resolução CMN 4994, dando à s EFPCs estÃmulo e segurança para investirem em outros ativos além da renda fixa. Em especial, a Abrapp defende mudanças nas regras de marcação de ativos de tÃtulos públicos e renda fixa em geral para permitir a marcação na curva.
Além do Ibovespa – O painel “Renda Variável além do Ibovespa†trouxe a visão de vários especialistas de assets. Para Giuliano Dedini, diretor de Gestão de Renda Variável da 4UM, “o Ibovespa é um Ãndice muito concentrado, que não contribui para a gestão com geração de alfaâ€. Segundo ele, a gestora procura driblar essa concentração operando com papéis que estão fora do Ãndice.
Para Mário Galvão, gestor de investimentos na Tork Capitas, empresas mais sólidas e mais lÃquidas são boas alternativas para se alcançar resultados satisfatórios na gestão ativa de renda variável. Já Gustavo Ribas, CEO da Navi, destacou a importância de “selecionar empresas com negócios resilientes, pouco alavancadas, para se proteger dos juros mais elevadosâ€.
Estruturados – No painel que tratou de investimentos estruturados, o head de multimercados macro da Santander Asset Management, Gustavo Baltar, disse que o fator mais importante para a gestão do risco e obtenção de maiores retornos é o tempo. “Temos de encontrar maneiras de permanecer no investimentoâ€, afirmou.
Já o gestor de ativos imobiliários da Icatu Vanguarda, Marcus Valpassos, recomendou uma boa seleção dos ativos imobiliários para que ofereçam resiliência, preservação de patrimônio e ganhos reais. Segundo ele, com uma boa seleção os ativos imobiliários podem oferecer segurança de ativos soberanos, com geração previsÃvel de caixa ao longo do tempo.
E a COO da Perfin Infra, Carolina Rocha, falando sobre as oportunidades do setor de energia, principalmente em transmissão, disse que a análise do momento de entrada é fundamental. “Somos muito conservadores na hora de entrar. Quando a entrada é boa, é possÃvel sair sem dificuldadesâ€, disse.