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Revisão da 4.994 facilitará a gestão imobiliária, diz Wanderley

Mauricio Wanderley1ValiaO fim das restrições regulatórias para o investimento direto dos fundos de pensão em imóveis, medida aguardada com expectativa pelos dirigentes das fundações como parte da revisão da Resolução CMN 4.994, é importante principalmente para facilitar a gestão dos imóveis em estoque, diz Maurício Wanderley, diretor de investimentos da Valia. “Hoje fica difícil fazer a gestão das carteiras de imóveis que foram comprados antes da restrição legal, porque só é possível vendê-los e o mercado imobiliário continua difícil”, afirma.
A Resolução CMN 4.994, de 2022, veio substituir a Resolução CMN 4.661, de 2018, e manteve a vedação de compra direta de imóveis, além de impor a alienação dos imóveis físicos em estoque, com prazo até 2030, ou transferi-los para fundos de investimento imobiliário.
Com R$ 900 milhões em sua carteira de imóveis comprados diretamente, volume que representa 8% dos recursos dos planos de Benefício Definido da fundação, a Valia tem esse estoque composto unicamente por lajes corporativas. “O maior problema é que a regulação nos impede de negociar esses ativos de outra forma que não seja a venda. Não podemos fazer trocas de imóveis, o que dificulta a gestão”, diz.
Para ele, o mais importante no momento é resolver como ficará o estoque dessas carteiras, para depois definir os novos investimentos. “As fundações deveriam ter a possibilidade de refazer suas atuais carteiras de acordo com a necessidade de fluxo dos seus planos de benefício. Quando isso acontecer, estaremos vivendo um mundo novo no investimento imobiliário”, analisa Wanderley.