A Previsc decidiu ampliar o percentual de sua carteira de investimentos em exterior por meio do aumento da alocação em renda fixa global, informa Ricardo Esch, diretor de investimentos da fundação. “Aproveitamos para crescer em renda fixa global porque apostamos na queda do juro nos EUA agora que a inflação naquele país começou a ceder. A estimativa é de que o Federal Reserve faça uma redução de taxas em setembro e outra no início do próximo ano e queremos capturar os ganhos com esse movimento”, explica.
A decisão, que segue determinação da política de investimentos da entidade, deverá elevar o percentual de alocação internacional, que em maio representava 2,36% do total de seus ativos, para chegar até 5% dos ativos no final de 2024. O investimento é feito por meio de três fundos, dois deles recém aprovados. “Hoje há dois fundos da Pimco, um deles lastreado inteiramente em títulos do Tesouro dos EUA e outro de crédito privado. O terceiro fundo é do Itaú e aloca apenas em treasuries, explica Esch. “Como dois fundos não fazem hedge, esperamos capturar também o ganho com a variação do dólar”, diz.
A entidade, que em 2022 havia chegado a ficar desenquadrada do limite legal máximo de 10% no exterior, ano em que obteve uma rentabilidade de 28% nessa carteira, passou a reduzir esse percentual gradativamente ao longo de 2023, até chegar ao patamar de 2,5%.
“Mas agora a nossa política de investimentos para 2024 aumentou a projeção, que poderá chegar a 5%. Ao mesmo tempo, a alocação em renda variável ficou menor este ano e saímos do fundo de renda variável que tínhamos lá fora, além de reduzir o percentual no mercado local”, diz Esch