A votação favorável ao texto da reforma tributária que inclui a isenção tributária para os fundos de pensão, por 336 votos a 142, foi resultado de um intenso trabalho de convencimentos dos parlamentares. “É algo mais do que justoâ€, diz o presidente da Anapar, Marcel Barros, referindo-se à isenção tributária para as entidades de previdência fechada. Segundo ele, “o governo federal tem falado de incentivar a poupança de longo prazo, então não tinha logica nenhuma a proposta de tratar entidades fechadas como abertasâ€, avalia.
Ainda de acordo com ele, “o mais difÃcil foi convencer o governo federal e o Ministério da Fazenda†a abrir mão da receita que os dois impostos trariam para os cofres dos diversos entes. “Mas fizemos o pessoal ver que não tem lógica em tributar poupança de longo prazo. Poderia configurar bitributação, porque quando os trabalhadores recebem benefÃcio, pagam imposto. Conversamos com deputados, exibimos materiais, mostramos que seria uma grande injustiça. Conseguimos que a maioria das lideranças concordassemâ€, explica.
Agora, o texto será votado pelo Senado. Da parte Anapar, há otimismo sobre a aprovação final. “A tendência é que a isenção seja mantida, o tema foi discutido, debatido no Ministério da Fazendaâ€, afirma Barros. “Mas se tiver uma reviravolta, será um impacto muito grande. Se acontecer essa decisão, sem lógica, será um perigo para todo o setor.â€