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Associações adiantam pontos a serem alterados na Resolução 23

JarbasDeBiagi Herbert SouzaAndradeA decisão da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) de abrir consulta pública para atualização da Resolução 23 foi bem recebida pelas entidades previdenciárias, que trataram como “positivo” o anúncio feito nesta segunda-feira (1/7). “A Abrapp vê de maneira muito positiva. Na consulta pública, todos podem se manifestar como sociedade, e a norma tende a ter uma abrangência maior de aspectos relevantes para os temas tratados. É um momento de reflexão para torná-las mais simples e claras”, considerou o presidente da Associação das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Jarbas de Biagi.
Ele avalia que alguns ajustes em artigos da Resolução 23, especialmente naqueles que tratam das 59 e 60, são bem-vindos. “O que a gente tem defendido, e ressaltamos que houve avanço com a resolução 23, é uma maior simplificação das regras sem perder a segurança jurídica”, disse De Biagi.
Ele aponta que são necessárias regulamentação do plano instituído de proteção previdenciária e do fundo de longevidade que a resolução 59 faz menção. O objetivo desses dois instrumentos é dar proteção social para pessoas que têm interesse em continuar recebendo benefícios para sua reserva. Seria para um novo plano, novo marco regulatório, mas a pessoa teria essa alternativa”, avalia De Biagi.
Já em relação à resolução 60, a Abrapp apontou a necessidade de uma alteração. “Temos expectativa de que se regule o licenciamento automático para inscrição automática. Isso tornaria o processo mais célere. São mudanças pontuais que o segmento aguarda com muita expectativa. Estamos otimistas de que vai haver esse ajuste”, comentou o presidente da Abrapp.
Dinamismo - A necessidade de atualização dos artigos é bem vinda, diz o presidente da Associação dos Fundos de Pensão e Patrocinadores do Setor Privado (Apep), Herbert de Souza Andrade. “É uma medida importante. Como a resolução da Previc é de agosto de 2023, tivemos inovações recentes que precisam de resolução, normatização. A participação é uma forma de inserir a sociedade na discussão que pretendem. É uma questão de dinamismo”, considerou.
Entre as inovações citadas por Andrade, estão as resoluções CNPC 59 e CNPC 60. A Apep considera que não há mudanças a serem feitas na resolução 60, mas defende alterações na resolução 59. “Participamos da construção da resolução 59, mas vemos a necessidade de um reparo no artigo 26, da aplicação retroativa da norma, e nos manifestamos contrariamente desde o início. Pela nossa visão, a aplicação não deveria ser retroativa. Ela deveria acontecer apenas para os processos realizados após a publicação da nota, não os que estavam em curso”, considerou o presidente da Apep.