O Infraprev, fundo de pensão patrocinado por empresas do setor aeroportuário, conseguiu nos últimos anos implementar um corte severo nos seus custos administrativos. Comandado desde 2017 por um trio de mulheres, com Juliana Koehler na superintendência, Ana Lúcia Esteves na diretoria de BenefÃcios, e Daniela Melo na diretoria de administração e finanças, a fundação conseguiu reduzir o indicador que compara a despesa dos planos com seus recursos garantidores de um percentual de 0,89% para 0,55% nos últimos sete anos.
No mesmo perÃodo, a taxa administrativa caiu de 0,61% para 0,45%, apesar da redução no número de participantes. As despesas totais foram enxugadas em 54%, as despesas de pessoal e encargos em 32%, as despesas com serviços de terceiros em 50% e as despesas gerais em 61%, sempre considerando os valores atualizados pela inflação. “Mulheres precisam estar representadas também na gestão dos recursos do nosso futuro, para que ele seja equilibrado economicamente e socialmenteâ€, afirma a diretora de administração e finanças, Daniela Melo.
Com um patrimônio de R$ 4,15 bilhões e 11,5 mil participantes, o Infraprev fechou o ano passado superando o objetivo atuarial em três dos seus quatro planos. O Plano de Contribuição Variável rendeu 10,81%, para uma meta atuarial de 9,04% (INPC+5,00%). O Plano de BenefÃcios Definido I rendeu 11,32%, acima da meta de 8,01% (INPC+4,00%), enquanto o Plano de BenefÃcios Definido II rendeu 11,64%, para uma meta de 7,28% (INPC+3,30%). Já o Plano PAI-1, o plano famÃlia da fundação, rendeu 12,97% ficando aquém do CDI de 13,05% no ano.
A fundação é detentora do selo Pro-Equidade de Gênero e Raça, uma iniciativa do Governo Federal com apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT), há três edições. No Infraprev, onde 46% dos empregados são do sexo feminino, 50% dos cargos de gerência são ocupados por elas. No Conselho Deliberativo e no Conselho Fiscal, elas são três entre quatro membros titulares, inclusive ocupando a presidência do CD.