A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa, alocou no ano passado R$ 1,2 bilhão no exterior através de três aportes de R$ 400 milhões cada em fundos multimercado multiestratégia exclusivos (FIM-IE). As alocações, feitas através de gestoras selecionadas por processos licitatórios, ocorreram entre os meses de julho e setembro.
Com isso, ao final do ano passado a carteira de investimentos do Novo Plano CD tinha 4,1% no exterior e o REB CD tinha 1,5%. O limite estabelecido pela legislação para investimentos no exterior é de 10%.
Segundo a diretora de investimentos e participações, Alenir Romanello, o grande benefício da estratégia global é balancear o portfólio para alcançar a melhor rentabilidade possível sem elevar o nível de risco. “A diversificação internacional permitirá capturar ganhos de outras economias mundiais e, ainda, se proteger de uma eventual desvalorização do real”, diz ela.
Além disso, a diversificação global permitirá acessar empresas e segmentos econômicos não presentes na economia brasileira, ou presentes em uma escala muito pequena, como tecnologia da informação e empresas de ponta da área médica, explica Romanello.
Até a adoção da estratégia, 100% dos ativos da fundação estavam no Brasil, tornando a rentabilidade dependente integralmente do desempenho da economia brasileira. “O momento de entrada foi muito bom, foi possível pegar o rali (forte alta) que as bolsas do mundo todo registraram em novembro, além dos ganhos em renda fixa com o fechamento das curvas de juros de longo prazo”, observa o gerente de Análise de Investimentos, André Ronzani.
Segundo ele, a depender da queda de juros nos EUA e Europa, com impacto positivo sobre títulos públicos pré-fixados e o mercado de ações global, podem se abrir novas perspectivas para a fundação elevar suas alocações no exterior.