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Funcef vende por R$ 920 milhões 100% da sua participação na SKER

Energia_eolica1.jpgA Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa, vendeu 100% das ações que detinha da Statkraft Energias Renováveis (SKER) pelo valor de R$ 920 milhões. O lote de ações, que representa 18,69% do capital da empresa, foi vendida pela fundação ao acionista majoritário, a Statkraft, controlada pelo governo da Noruega.
Segundo nota da Funcef, a decisão levou em conta a maturidade da companhia, que atua na área de energia hidrelétrica, eólica, solar, e a gás, assim como os níveis de concentração do ativo nos planos da fundação. Também pesou na decisão a oportunidade de obter um retorno adequado no investimento, uma vez que o preço pago pela empresa controladora representou um ágio de 74,9% sobre o valor contabilizado em carteira.
Ainda de acordo com a fundação, outro fator que pesou na decisão de venda foram os planos agressivos de crescimento da companhia, que exigiria de todos os acionistas, inclusive a Funcef se permanecessa na sociedade, aportes de capital adicional. A área de energias é uma das que mais crescem no mundo, exigindo aportes vultuosos de recursos pelos sócios.
A participação da Funcef na SKER estava concentrada em seus planos mais maduros, justamente aqueles que têm maior necessidade de recursos para fazer frente ao pagamento de benefícios aos participantes. E como as ações da companhia têm como característica a baixa liquidez em bolsa, a decisão de venda foi tomada levando em conta também a solvência futura desses planos maduros.
A concentração da SKER nos planos da Funcef era a seguinte: 63,35% no plano REG/Replan Saldado; 10,04% no Plano Não Saldado; 24,99% no Novo Plano; 1,62% no REB.

Processo da Anipa - No balanço financeiro de 2021 daStatkraft Energias Renováveis realizado pela empresa de auditoria Deloitte Touche Tohmatsu, essa indicava que a SKER e diversos outros réus são parte em ação civil pública ajuizada pela Associação Nacional Independente dos Participantes e Assistidos da Funcef (Anipa) que tem por objetivo reconhecer supostos prejuízos causados aos participantes da citada Associação por má administração dos recursos pela fundação. O montante requerido na ação, segundo a nota da Deloitte, é de R$ 8,2 bilhões.