Levantamento realizado mensalmente pela consultoria de investimentos Aditus junto a um grupo de 120 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), com patrimônio somado de R$ 307 bilhões em maio de 2023, apurou que o mesmo alcançou uma rentabilidade média de 1,54% nesse mês, a maior dos últimos 12 meses. No acumulado deste ano a rentabilidade média do grupo foi de 5,02% e no acumulado de 12 meses foi de 9,31%.
O levantamento da consultoria mapeia mensalmente os investimentos das 120 EFPCs em 12 classes de ativos, seguindo os padrões de investimentos adotados pela maioria das fundações. Em abril, das 12 classes mapeadas, 11 alcançaram rentabilidade positiva e apenas uma teve rentabilidade negativa (ver quadro abaixo).
Os três melhores desempenhos de maio foram renda variável ativa (5,88%), fundos de investimentos imobiliários (5,43%) e renda variável passiva (3,74%). Já os três piores desempenhos do mês ficaram com FIPs (-0,05%), exterior renda fica (0,43%) e exterior renda variável (0,91%).
Da carteira de investimentos de R$ 307 bilhões em abril, 48% estavam em planos BDs, 23% em planos CDs e 29% em planos CVs, mesma distribuição do mês anterior. Em relação ao total de planos do grupo, dos 369 existentes em abril, 36% eram BDs (134 planos), 38% CDs (140 planos) e 26% CVs (95 planos).
Análise – Segundo análise da Aditus, em maio o cenário internacional mostrou estabilização da crise bancária e também das expectativas de juros futuros. A atividade econômica continua forte e o FED ainda terá algum trabalho para contruir uma polÃtica monetária de controle da inflação. Na Europa, os núcleos de inflação também indicam a necessidade de o BCE continuar com o processo de alta de juros.
Em relação ao Brasil, as curvas de juros continuaram fechando em maio, indicando melhora da percepção de risco dos agentes de mercado, dado que o arcabouço fiscal reduz os riscos fiscais. O inÃcio dos cortes na taxa Selic, segundo o presidente do Bacen,Roberto Campos Neto, se dará apenas após a reancoragem das expectativas para a inflação.
Em maio, o Ibovespa teve retorno de 3,74%, refletindo uma descompressão dos preços dos ativos em consequência da melhora da percepção de risco dos agentes de mercado.