A Fundação FamÃlia Previdência (FFP) conseguiu mais 60 dias para tentar convencer a companhia Florestal do Brasil, que comprou a CEEE-Geração em leilão de privatização ocorrido na B3 no final de julho, a assinar um convênio de adesão que mantenha os funcionários nos planos da entidade. O prazo inicial dado pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) para esse convencimento, de trinta dias, vencia em 9 de setembro, e agora com a prorrogação vai até 9 de novembro.
Caso a FFP não tenha êxito em persuadir a Florestal do Brasil a assinar o convênio de adesão, deverá encerrar o vÃnculo dos funcionários da CEEE-Geração que participam dos planos CeeePrev e do Plano Único da CEEE com a fundação. Com o fim do vÃnculo, deverá oferecer-lhes as seguintes opções: entrar em gozo de benefÃcio, aos que já cumpriram as carências; manter seus recursos nos planos, sem aportes, até a aposentadoria; seguir em autopatrocÃnio; resgatar as reservas; ou portar as reservas para outro plano.
A Florestal do Brasil, controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), não mostrou interesse em assinar o acordo de adesão numa primeira tentativa feita pela FFP, no prazo inicial de trinta dias. Ao invés disso, a empresa enviou uma planilha com o cadastro de empregados ativos para a fundação tomar as providências necessárias à emissão dos extratos de opções, indicando a intenção de encerrar o vÃnculo com a fundação. Com o novo prazo recebido da Previc, a FFP espera reverter a postura da companhia.
A CEEE-Geração é uma das três empresas elétricas nas quais foi dividido o grupo CEEE, do governo gaúcho, para serem privatizadas. A CEEE-Distribuição e a CEEE-Transmissão foram compradas em leilão realizado em 2021, pelos grupos Equatorial Energia e CPFL, respectivamente. Os dois grupos pediram a retirada de patrocÃnio após a aquisição, com a fundação solicitando a instalação de uma Câmara de Conciliação, aceita pelos grupos e pela Previc, para tentar alguma alternativa ou no mÃnimo algum prazo. A CEEE-Geração era a última a ser privatizada, o que aconteceu em julho último, com o grupo comprador mostrando-se aparentemente também desinteressado na manutenção do patrocÃnio.