Libertas migra para nova estrutura de fundos e estréia em ESG

Dentro de duas semanas a Fundação Libertas espera concluir o processo de transferência de seus investimentos para a nova estrutura de fundos montada com o objetivo de capturar as vantagens de uma gestão especialista e facilitar o acesso dos diversos planos a uma gama diferenciada de estratégias. A migração começou a ser feita em março e alguns dos novos fundos já receberam aportes de recursos, mas o processo todo está na etapa final e estará concluído em duas semanas, informa Marcos Aurélio Litz, portfólio manager.
“A partir de agora, qualquer um dos treze planos da entidade e, mais adiante, qualquer um dos perfis de investimento que vierem a existir quando o modelo de perfis for implementado, poderá comprar essas estratégias”, explica. A fundação tem patrimônio total de R$ 4,03 bilhões.
No antigo modelo havia apenas quatro fundos exclusivos, que respondiam por cerca de 60% do patrimônio investido, além de fundos abertos e fechados de mercado que estavam na carteira própria e dos investimentos feitos diretamente por essa carteira. Agora, dos 19 fundos, 14 são fundos exclusivos e cinco são centralizadores. “Não faremos mais investimentos em fundos que não sejam exclusivos. E a carteira própria passará a fazer somente hedge, por meio da alocação em NTN-Bs marcadas na curva para os planos de Benefício Definido. Esse desenho vai nos permitir fazer asset alocation”, diz.
Os 14 fundos exclusivos respondem por ativos da ordem de R$ 2,2 bilhões e incluem novos mandatos que foram entregues a dez novos gestores. Os outros quatro fundos exclusivos, que já existiam, passaram por um reposicionamento de seus mandatos. “Mantivemos os percentuais de alocação da entidade sem alterações e, no consolidado dos planos, continuamos com 70% dos ativos investidos em renda fixa mas acrescentamos, por exemplo, percentuais específicos para ativos high grade e high yield”, conta Litz. A parcela de alocação no exterior permanece inalterada no percentual de 5,7% do patrimônio consolidado, mas o investimento que era direcionado para equities globais passou a ser multi-estratégias.

Temática ESG - A fundação aproveitou a fase de mudança para estrear na temática dos investimentos ESG (orientados por princípios de responsabilidade ambiental,social e de governança) e um de seus novos fundos é um multimercado da JGP que investe em renda variável e em crédito seguindo esses critérios.
A nova estrutura, explica Litz, deveria ter sido concluída em dezembro de 2021, mas a fundação decidiu aprimorar alguns aspectos operacionais. “Alteramos a nomenclatura de todos os fundos de modo que a estratégia de investimento de cada um deles ficasse inteiramente visível no seu nome", detalha. A segregação total dos ativos, que era prevista para janeiro, foi concluída em março.