A E-Invest (nova denominação da Previ-Ericsson) está finalizando estudos para alocar em seus primeiros fundos de fundos (FoFs, os fund of funds na sigla em inglês) em 2022, inicialmente por meio de um fundo de fundos do segmento imobiliário, cujo processo de discussão está adiantado. O objetivo, diz o diretor superintendente Rogério Tatulli, é mesclar ativos de papel e de tijolo para diversificar e diluir riscos, uma vez que as diversas classes têm reações diferentes às crises. “Os shoppings, por exemplo, estão com preços descontados e há muita oportunidade ainda nesse segmento, o que aumenta as chances de diversificação”, reflete.
A entidade também estuda utilizar esse conceito no mercado de private equity, por meio de um FoF de fundos de investimento em participações (FIPs), e tem mantido reuniões com algumas casas gestoras nesse sentido. “Até agora não entramos em FoFs porque acredito que ele não seja um veículo aplicável a todas as classes, sendo mais interessante para diversificar na renda variável, por exemplo, e nos multimercados, assim como também faz sentido nos FIIs e FIPs”, diz Tatulli.
Outra possibilidade em estudos pela E-Invest, esta para os FIPs em que a fundação já investe, seria constituir um fundo exclusivo e reunir ali todos eles, passando toda a carteira para um gestor cuidar, no modelo de cotas. "Desse modo estaríamos adicionando mais uma camada de governança ao processo dos nossos atuais FIPs", complementa.
Tatulli considera os mandatos discricionários os ideais, sem participação das fundações nos comitês de investimento dos FoFs, ao menos não com poder de voto. “Esses comitês devem ter apenas caráter consultivo e de monitoramento. O mais importante é que o cotista saiba fazer as perguntas certas na hora certa e cobrar resultados”, diz.
No momento, a fundação está em pleno processo de “catequese” dos conselheiros e os preparativos para o FoF de FIIs são os que estão mais adiantados. “O universo de gestores aí é grande, temos avaliado casas como a Capitânia e a Mogno para navegar com eles. Até março de 2022 devemos aprovar alguma coisa nessa linha”, conclui.