O New York State Common Retirement Fund, o terceiro maior fundo de pensão dos Estados Unidos, com ativos totais de US$ 226 bilhões, anunciou na última quarta-feira (09/12) que irá revisar nos próximos cinco anos as suas aplicações em empresas do setor de energia para avaliar riscos de investimento relacionados ao clima. A iniciativa é o primeiro passo estabelecido pela entidade para zerar as emissões lÃquidas de gases de efeito estufa em seu portfólio até 2040, dez anos antes do prazo estabelecido pela União Europeia (UE) e o Japão para que seja atingida a neutralidades nas emissões de carbono.
"Continuamos a avaliar as empresas do setor de energia em nosso portfólio quanto à sua capacidade futura de fornecer retornos de investimento à luz do consenso global sobre mudanças climáticas. Aquelas que não atenderem aos nossos padrões mÃnimos podem ser retiradas de nosso portfólio", declarou o controlador do Estado de Nova York, Thomas P. DiNapoli, o principal executivo do fundo de pensão. "O desinvestimento é o último recurso, mas é uma ferramenta que podemos aplicar a empresas que colocam em risco o valor de longo prazo do nosso investimento."
Com base em seu Plano de Ação Climática, traçado em 2019, a entidade segue a adotar padrões de avaliação para determinar se uma empresa está bem preparada para a transição para uma economia global de baixo carbono. Parâmetros estabelecidos para o setor de mineração de carvão térmico já levaram o fundo de pensão nova-iorquino a se desfazer de papéis de 22 empresas do setor. No momento, ele analisa os indicadores ambientais de nove extratoras de betume, casos de Imperial Oil, Canadian Natural Resources e Husky Energy.
"Esta é uma mensagem clara de que a era dos combustÃveis fósseis sujos deve e chegará ao fim. O dinheiro inteligente saÃrá mais cedo ou mais tarde", comentou a senadora Liz Krueger, do Partido Democrata, sobre a iniciativa do N.Y. Common Fund.
