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CuritibaPrev pretende replicar modelo de investimentos para entes

LitzMarcosAurelioCom pouco mais de dois anos de existência, quatro planos de benefícios que reúnem cerca de 1.200 participantes e patrimônio de aproximadamente R$ 5 milhões, a CuritibaPrev termina o ano com um novo modelo de gestão de investimentos, mais ativo, que foi delineado para fazer frente às projeções de crescimento da entidade a partir de 2021. Especializada na oferta de planos de previdência complementar para estados e municípios, a entidade tem mantido reuniões com um grande número deles para expandir sua atuação além de Curitiba e a carteira de investimentos já está pronta para ser replicada de maneira compatível com esse projeto de expansão, avisa o seu diretor Financeiro, Marcos Aurélio Litz.
As projeções ainda estão sendo discutidas e a realização das eleições municipais atrasou esse debate mas a direção aponta para um crescimento que deverá acontecer até a metade do próximo ano, avalia Litz.
Na carteira de investimentos, as palavras de ordem são a gestão ativa e a forte diversificação. Esse reposicionamento da carteira, colocado em prática desde julho passado, já ajudou a reverter o impacto negativo da pandemia sobre os resultados dos planos este ano. A carteira anterior estava bastante concentrada em renda fixa e mesmo em renda variável não havia um perfil de estratégias ativas e diversificadas. “Esse desenho sofreu mais os efeitos negativos da crise nos mercados, principalmente nos meses de março e abril. A partir da mudança, com a introdução inclusive de fundos de ações temáticos, conseguimos reverter isso e em novembro chegamos a bater o CDI em 300%â€, diz Litz. Graças à mudança, a entidade deve fechar o ano com rentabilidade em rota de convergência com o benchmark dos planos, de CDI mais 1%.
A alocação da parcela de renda fixa, que ainda é a maior, passou a ser feita por meio de uma carteira administrada e investe em títulos públicos federais com prêmios acima da meta e elevada liquidez, estando totalmente marcada a mercado. A parcela de renda variável representa 20% do total dos ativos, dos quais 15% estão sob gestão ativa e descorrelacionada, distribuídos em estratégias como small caps, crescimento e dividendos. “É um desenho core-satélite, com a maior parte em gestão ativa e apenas 5% em gestão passiva, via ETFs – fundos de índices.
“O modelo poderá ser replicado para os novos planos já que o nosso passivo, ainda muito jovem, nos permite olhar para um horizonte de longo prazo e ser muito ativos na gestão, sempre cuidando da preservação de capitalâ€, analisa o diretor. Ele informa que a renda variável poderá chegar até 30% dos ativos da entidade no próximo ano.
A CuritibaPrev olha para três novas frentes de alocação a partir de janeiro: produtos estruturados, com atenção a estratégias macro; fundos no exterior para garantir a descorrelação com a bolsa doméstica e hedge da posições locais, e uma carteira de operações de empréstimos para os participantes que já está sendo montada. “Se houver oportunidade nos juros em 2021, os produtos de crédito estruturados também deverão ser interessantes. Mas tudo isso irá depender do crescimento do patrimônioâ€, observa Litz.
O avanço da entidade em 2021 está fundamentado na expectativa de criação de novos planos para os municípios; novos aportes dos planos já existentes e no crescimento do seu plano família. “Também estamos fazendo o dever de casa em relação à sustentabilidade dos investimentos, nos critérios ASG – ambientais, sociais e de governança. Por enquanto é apenas um movimento educativo e estamos monitorando os gestores para compreender o processo de incorporação do ASG às suas análisesâ€, diz o diretor.