A Ceres prepara o processo de ampliação da gestão terceirizada de seus investimentos em renda variável, assim como a definição dos novos percentuais de alocação dos planos nessa classe de ativos. A finalização desse processo dependerá do prazo necessário para concluir as diversas etapas a serem cumpridas, como a conclusão das escolhas dos gestores, a definição dos regulamentos e mandatos e a constituição de fundos exclusivos junto ao administrador e à CVM. “Esperamos que essas etapas sejam cumpridas durante o primeiro trimestre de 2021â€, explica o diretor de Investimentos da Ceres, José João Reis.
Ao longo do ano de 2020, a fundação fez apenas movimentações pontuais de novos investimentos em renda variável, informa Reis. “Os estudos de ALM estão sendo elaborados neste momento e a tendência, em linha com o último ano, deve ser a indicação para elevar a exposição em classes de ativos com expectativas de retornos mais elevados, como a renda variável e estruturadosâ€, segundo o diretor. O investimento no exterior, que já está previsto na atual polÃtica de investimentos da fundação, será mantido.
O forte impacto da pandemia sobre o desempenho da renda variável deverá fazer com que os investimentos da Ceres terminem este ano com rentabilidade abaixo das metas atuariais dos seus planos, afirma Reis. O resultado consolidado dos investimentos, até agosto, foi superior ao CDI mas não alcançou as metas atuariais nem os Ãndices de referência dos planos administrados pela entidade. Já na renda fixa, onde estão concentrados 84% dos ativos totais de investimento, Reis informa que o desempenho superou com folga as metas atuariais e os Ãndices de referência dos planos. Nesse segmento, foram realizadas movimentações de tÃtulos públicos aproveitando a oscilação das taxas, o que contribuiu com ganhos para o segmento da renda fixa.