A Fapes, fundo de pensão dos funcionários do BNDES, iniciou esse ano as aplicações em fundos de investimento no exterior. A entidade já tinha autorização para aplicar um percentual mínimo no segmento, mas até então não possuía alocações fora do Brasil. Agora, a fundação possui cerca de R$ 300 milhões distribuídos em três fundos de renda variável global do J.P. Morgan, da BlackRock e da Nordea, todos em parceria com o Banco do Brasil. “Definimos por alocar, no longo prazo, 10% da nossa carteira em investimentos fora do Brasil, e começamos os investimentos ao longo desse ano, ainda em uma parte bem menor, mas queremos elevar ao longo do tempo, de forma prudente”, diz o diretor financeiro e de de investimentos da Fapes, Victor Tito.
O diretor diz que as mudanças, feitas em janeiro, nas regras para investimentos no exterior trouxeram maior flexibilização para esse tipo de investimento. “Antes estávamos sujeitos a restrições fortes e agora ficou muito mais fácil pros fundos de pensão aplicarem no exterior. Isso traz vantagem e o desafio de se expor a um universo maior de estratégias, de gestores e de classes de ativos. Teremos que selecionar um conjunto de estratégias que faz sentido”, destaca.
Para Tito, o maior desafio é montar uma carteira eficiente aproveitando esses 10% que poderão ser aplicados fora do país, incorporando outras estratégias e classes de ativos. “ Eventualmente podemos ter renda fixa no exterior. Estamos conversando com muitas casas grandes, algumas estão propondo alocação, mas não temos uma decisão, estamos na fase de estudos”, complementa.