A Apimec Brasil, que representa os analistas e profissionais de investimento do mercado de capitais, publicou diretriz para o uso de inteligência artificial (IA) na elaboração de relatórios de análise de valores mobiliários. Segundo a associação, embora a IA possa ser usada na coleta, organização e processamento de volumes massivos de informação, a análise e as recomendações finais devem continuar sendo atribuição exclusiva dos analistas.
"A IA não deve ser usada para gerar recomendações automáticas ou relatórios sem supervisão humana", destaca o superintendente de autorregulação da Apimec Brasil, Bruno dos Santos Fernandes. "A verificação dos dados por um analista é essencial para assegurar a confiabilidade e a transparência das informações".
A diretriz, que está alinhada à Resolução CVM 20 e ao Código de Conduta da Apimec Brasil, visa garantir que a IA seja utilizada como uma ferramenta de apoio aos analistas, mas sem substituir o julgamento humano.
Outro ponto destacado na diretriz é a segurança das informações utilizadas por IA, que deve estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), preservando a privacidade e o sigilo das informações.
A associação recomenda que empresas e profissionais adotem mecanismos de supervisão e governança para regular o uso da IA. Isso inclui revisões periódicas dos relatórios gerados, protocolos internos para minimizar riscos e diretrizes claras sobre a aplicação da tecnologia no setor financeiro.