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Acadian Asset busca expansão entre institucionais brasileiros

Ted NoonAcadianA Acadian Asset Management, gestora global sediada em Boston (EUA) e especializada em investimentos sistemáticos, está ampliando sua presença fora da América do Norte, com foco na América Latina e, especialmente, no Brasil. Com escritórios em Londres, Cingapura e Sydney e mais de US$ 120 bilhões sob gestão (março de 2025), a gestora tem se aproximado dos investidores institucionais brasileiros.
Essa aproximação está sendo feita através da HMC Capital, com quem a gestora tem uma parceria de quase uma década. Segundo o seu diretor de marketing global, Ted Noon, pesquisas permitiram identificar uma demanda dos institucionais por estratégias de ações com foco em desempenho relativo a benchmarks. “Isso inclui nossa estratégia de ações globais, que possui um histórico desde 1992. Além disso, temos notado interesse crescente pela Global Managed Volatility Equity, uma estratégia que busca oferecer retornos similares aos de um índice global de ações mas com volatilidade absoluta significativamente menor”, afirma. A estratégia é oferecida no Brasil através de um fundo feeder local.
Com sua base de clientes ainda concentrada nos Estados Unidos e no Canadá, a instituição acredita que as estratégias sistemáticas possam atrair segmentos-chave fora da América do Norte. “Trabalhamos no Brasil, em colaboração com a HMC, para identificar segmentos do mercado local com potencial demanda por estratégias sistemáticas que gerem retornos excedentes consistentes”, explica.
Segundo Noon, apesar do cenário internacional nebuloso, os investidores institucionais brasileiros mantém interesse em compor um portfólio internacional diversificado. “Notamos um interesse consistente por alternativas de diversificação fora do mercado doméstico”, diz. Atualmente a gestora possui aproximadamente US$ 220 milhões sob gestão em nome de clientes institucionais latino-americanos.
Noon defende o uso das estratégias sistemáticas para enfrentar o aumento da volatilidade dos mercados em 2025. “Acreditamos que essas estratégias oferecem benefícios, incluindo diversificação e proteção contra perdas, quando integradas como parte do portfólio principal dos investidores institucionais. O momento atual oferece um terreno fértil para abordagens ativas e disciplinadas”, diz
O objetivo dessas estratégias é construir portfólios diferenciados. “A diversificação está incorporada não apenas entre regiões e setores, mas também entre estilos de investimento, sinais e horizontes temporais. Essa abordagem contribui para a proteção contra possíveis choques macroeconômicos”, afirma.