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Porto Asset e SFA lançam fundo voltado à clientes institucionais

Daniel VarajãoPortoAssetA Porto Asset, que em meados do ano passado anunciou o fim de sua área de renda variável e uma parceria com a SFA Investimentos para atuar nessa classe de ativos, está apresentando o primeiro desdobramento desse acordo para o mercado de clientes institucionais. As gestoras lançaram no mês passado o Porto SFA Institucional, um fundo "long only" aderente às Resoluções 4.963 e 5.202, que regulam os investimentos dos fundos de pensão e dos RPPS, respectivamente.
O novo fundo, que já nasce com um patrimônio líquido de cerca de R$ 30 milhões colocados pela Porto, buscará replicar as estratégias que vêm dando certo no Porto SFA FIA. Nos últimos 11 anos, desde que foi criado pela SFA, esse fundo acumula uma rentabilidade média anual de 13,5%, superior à média anual de 8% do Ibovespa. Atualmente o fundo possui um PL de cerca de R$ 400 milhões.
Com base na performance do fundo original, as gestoras traçam para o fundo institucional a meta de alcançar um PL de cerca de R$ 500 milhões até o final de 2026. “A gente conhece as dificuldades da classe de renda variável, que tem enfrentado captação negativa nos últimos anos, mas acho que já há um movimento incipiente por parte dos institucionais no sentido de tomar um pouco mais de risco”, avalia o gerente de distribuição da Porto Asset, Daniel Varajão. “A aceleração desse movimento vai depender não só da queda da taxa de juros mas também de endereçar a questão fiscal”.
Além de novos aportes em renda variável, o executivo da Porto acredita que vários institucionais poderão trocar os mandatos dados à casas cujos fundos não performaram bem nos últimos períodos, seja de 24 meses, 48 meses ou até 60 meses. “Isso também pode impulsionar nosso fundo, que tem um histórico muito bem”, diz.
Distribuído pela Porto e com gestão da SFA, o fundo institucional será direcionado tanto às Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) quanto aos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS). Segundo Varajão, o segmento dos RPPS é um pouco mais ágil na tomada de decisões, então deve ser o primeiro a iniciar os aportes no novo fundo. Já as EFPCs, que em grande parte fazem as aplicações via alocadores, usando fundos exclusivos, devem demorar um pouco mais. “O processo de tomada de decisão nos fundos de pensão é um pouco mais demorado”, explica.