A Solis, gestora especializada em Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC), fechou o ano passado com R$ 21,32 bilhões em ativos sob gestão segundo o ranking Top Asset publicado na última edição de Investidor Institucional, representando um crescimento de 42% em relação ao final de 2023. Do total de recursos sob gestão, 89% foram captados via FIDCs.
Para o sócio e diretor de investimentos da gestora, Ricardo Binelli, os FIDCs caíram definitivamente no gosto dos investidores, que têm manifestado maior interesse inclusive por produtos como os FIC de FIDC. “Duas assets já nos pediram esses fundos e temos recebido dinheiro de fundações nos nossos FIDCs”, afirma.
De acordo com ele, a casa segue neste ano num ritmo de crescimento que deve permitir igualar ou ficar próximo do desempenho registrado no ano passado. Segundo Delano Macêdo, sócio e diretor da área de crédito, tem havido uma aproximação grande dos tomadores de recursos em relação aos FIDCs, que passaram a ser vistos pelo mercado como um veículo bastante acessível, seja pelo seu custo mas também pela sua capacidade de customização.
Do total de recursos alocados pela Solis em FIDCs, cerca de 40% são da classe multicedentes/multi-sacados, entre 22% e 23% estão em consignados públicos e o restante em créditos pulverizados. “Estamos olhando agora para o consignado privado, um segmento que deve ganhar importância aqui na Solis e no mercado de modo geral porque envolve um grande volume de recursos”, explica Macêdo. As operações de consignado privado para trabalhadores da CLT já atingem R$ 40 bilhões no País.
“O consignado privado é um caminho interessante e permite usar vários originadores. Estamos discutindo agora um fundo de fundos para esse segmento”, lembra Binelli.