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Previc quer incluir normativos ASG na atualização da Resolução 23

ricardo pena2A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) quer definir parâmetros para que as iniciativas ASG (Ambiental, Social e Governança) possam entrar de forma mais afirmativa nos processos de investimentos das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC). Para isso, um dos primeiros passos é criar normativos adequados para serem incluídos já na próxima atualização da Resolução Previc 23, com consulta pública prevista para o segundo semestre.
A discussão sobre esses normativos começou a ser feita na última sexta-feira (13/6), quando a Previc reuniu gestores de investimentos dos nove maiores fundos de pensão do país, classificados no segmento S1, para receber deles contribuições que permitam criar normativos ASG mais colados à realidade do sistema. “Queremos uma proposta prática, objetiva, relevante para o mercado”, explicou o diretor de normas da Previc, Alcinei Rodrigues.
Participaram da reunião os diretores de investimentos ou AETQs da Previ, Petros, Funcef, Valia, Vivest, Itaú Unibanco, Forluz, Postalis e Banesprev. Eles têm até o dia 27/6 para enviar à Previc sugestões e documentos (política de investimentos, diagnósticos e exemplos de critérios relevantes já utilizados) que contribuam para a discussão. “O país hoje tem um plano de transformação ecológica, lançado em 2023 pelo Ministério da Fazenda. O setor de previdência complementar fechada precisa mudar a chave, sair de uma agenda indicativa de compromissos para ações afirmativas”, afirmou o superintendente da Previc, Ricardo Pena.
O trabalho de criar os normativos está à cargo da diretoria de normas da Previc, que após a reunião com a grandes fundações já planeja reuniões com as pequenas e médias e também com membros da Comissão Técnica de Investimento e Sustentabilidade da Abrapp, da Apep e da Anapar. A reunião com as pequenas e médias entidades deve acontecer no Rio de Janeiro, no dia 27 próximo.
Na reunião com os gestores das nove grandes entidades, Rodrigues apresentou ideias preliminares para um plano de análise de riscos e impactos ASG nas principais carteiras da fundações. Os normativos devem ter até três níveis, classificados por relevância e materialidade, e subdivididos minimamente em crédito, ações e alternativos (Private Equity e Imóveis).