Um dos mais longevos dirigentes de Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), Reginaldo Camilo, está prestes a deixar a presidência da Fundação Itaú Unibanco, que ocupa há 35 anos e meio. O nome do seu substituto já está definido mas, ao contrário do que publicou erradamente este site na primeira versão desta matéria, não será o atual superintendente de controle de investimentos da fundação, Fernando Gontijo. Na verdade, Gontijo será guindado à posição de diretor de investimentos.
Segundo o Conselho Deliberativo da Fundação Itaú Unibanco, o nome do substituto de Camilo será encaminhado à Previc nos próximos dias, para habilitação, e até a manifestação da autarquia não será divulgado. A troca de comando na fundação, segundo o CD, está prevista para ocorrer em junho próximo.
Camilo foi um importante player do sistema de previdência complementar ao longo das últimas três décadas e meia. Ele chegou a assumir a presidência interina da Abrapp ao final de 2007, quando o então presidente reeleito para um terceiro mandato, Fernando Pimentel, renunciou após uma assembleia geral vetar a mudança de estatuto defendida por ele, permitindo aos dirigentes disputar um terceiro mandato. A assembléia geral também aprovou um prazo de 90 dias para a realização de novas eleições.
Começou então uma corrida para escolher quem seria o cabeça da chapa situacionista nas novas eleições que ocorreriam em noventa dias, ao final de março de 2008. Os dois principais competidores situacionistas eram Camilo e o então presidente da Valia, Eustáquio Lott, mas acabou surgindo e prevalescendo um terceiro nome, o do então presidente do Indusprevi, José de Souza Mendonça, que disputou pela situação e ganhou do então candidato oposicionista, Jarbas de Biagi. Mendonça permaneceu na presidência da Abrapp por dois mandatos, conforme prevê o estatuto.
Camilo acabou ficando com a vice-presidência do Conselho Deliberativo da Abrapp na gestão comandada por Mendonça, além de tornar-se representante da entidade no Conselho Geral de Previdência Complementar (CGPC), mais tarde Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC). Ele também se aproximou da Apep, a associação das entidades de previdência complementar de patrocinadores privados, compondo a diretoria e o Conselho Consultivo dessa entidade.
Procurado por Investidor Institucional para falar sobre a mudança na direção da Fundação Itaú Unibanco, Camilo preferiu não se manifestar. Limitou-se a dizer que, no momento, estava de férias..