Uma combinação de duas estratégias levou a Fachesf, fundo de pensão dos empregados da Cia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), a afastar a possibilidade de um novo equacionamento para seu Plano CD. Além de elevar sua meta atuarial de 4,91% para 5,14%, a fundação optou por marcar seus títulos públicos na curva, diminuindo o déficit acumulado de R$ 211 milhões (em 2023) para R$ 150 milhões (em 2024), uma redução de R$ 61 milhões.
Segundo o assessor de gestão atuarial da Fachesf, Sergio Magalhães, a marcação de títulos públicos na curva de juros, diante do atual cenário econômico, permite aos planos “antecipar ganhos futuros”, desde que esses papéis de renda fixa sejam mantidos até o vencimento. Ainda segundo ele, os “ganhos futuros” projetados nessa operação são considerados para minimizar a necessidade de novos equacionamentos.
“Apesar de ainda apresentar déficit acumulado, o Plano CD fica mais longe de um novo plano de equacionamento. Atualmente o último plano registrado é decorrente dos resultados de 2021, ainda sob os efeitos da pandemia e da hiperinflação do IGP-M no período”, explica Magalhães.